Uma frase homofóbica.

Uma imagem pejorativa para a marca envolvida.

Um problema social.

Como resolver 3 problemas de uma vez só? Através da publicidade.

Sabemos bem que a publicidade exerce influência sobre o consumidor e quem trabalha com isso conhece o seu poder (para o bem ou para o mal). Diante dessa situação, a agência David São Paulo montou um dos cases de maior sucesso: “Essa Coca é Fanta, e daí?”

Por muito tempo a comunidade LGBTQIA+ sofreu com a homofobia escondida nessa expressão. A frase “essa Coca é Fanta” depreciava a imagem da Coca-Cola e machucava uma comunidade inteira. Mas quando a Coca-Cola acreditou na importância da mensagem sobre a diversidade e topou organizar essa grande mobilização para que o case acontecesse, a mágica da publicidade fez com que tudo isso mudasse.

A Coca-Cola efetivamente encheu latas de Coca com FANTA. E realmente aquelas “Cocas” eram Fanta. E diziam isso com orgulho. Estampado na lata vinha a frase: essa Coca é Fanta, e daí? As latas foram distribuídas entre influenciadores da comunidade LGBTQIA+ e no Dia Internacional do Orgulho Gay de 2017 foi lançada a campanha, que já era um absoluto sucesso.

Como campanha, ela foi genial por muitos motivos:

• Sanou o problema pejorativo. A marca se livrou de um jargão de conotação homofóbica e de quebra ainda elevou o status da Fanta.
• Tirando os custos operacionais internos, e a ação pontuada com os influenciadores, não houve investimento de marketing, e mesmo assim foi uma das campanhas mais compartilhadas em 2017 (batendo mais de 1 bilhão de impressões).
• Ela mudou o modo como a comunidade enxergava aquele problema. As buscas pela expressão “essa Coca é Fanta” no Google antes eram repletas de expressões de ódio, e após a campanha, tornaram-se expressões de orgulho.

Ser uma “Fanta” não era mais um problema, era algo que a comunidade LGBTQIA+ poderia ser com orgulho, e com o apoio da própria Coca-Cola. Com uma campanha extremamente bem elaborada, uma marca conseguiu transformar uma expressão de ódio em uma expressão de orgulho, esse é o poder da publicidade.